domingo, 14 de setembro de 2008

Algumas Verdades Sobre a Pós Graduação


 

A TESE DO COELHO

 

Era um dia lindo e ensolarado, o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado. Pouco depois passou por ali a raposa, e, viu aquele suculento coelhinho tão distraído, que chegou a salivar.

No entanto, ficou intrigada com a atividade do coelho e aproximou-se, curiosa:

- Coelhinho, o que você está fazendo aí, tão concentrado?

- Estou redigindo a minha tese de mestrado - disse o coelho, sem tirar os olhos do trabalho.

- Hummmm… E qual é o tema da sua tese?

- Ah, é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.

A raposa ficou indignada:

- Ora!!! Isso é ridículo!!! Nós é que somos os predadores dos coelhos!


- Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro a minha prova experimental.

O coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois ouve-se alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois silêncio. Em seguida, o coelho volta, sozinho, e mais uma vez retoma os trabalhos de sua tese, como se nada tivesse acontecido.

Meia hora depois passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho, tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido. No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando naquela concentração toda. O lobo resolve então saber do que se trata aquilo tudo, antes de devorar o coelhinho:


- Olá, jovem coelhinho! O que o faz trabalhar tão arduamente?


- Minha tese de mestrado doutorado, seu lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os grandes predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos. O lobo não se conteve e farfalha de risos com a petulância do coelho.

- Ah, ah, ah, ah!!! Coelhinho! Apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa.

- Desculpe-me, mas se você quiser eu posso apresentar a minha prova experimental. Você gostaria de acompanhar-me à minha toca?

O lobo não consegue acreditar na sua boa sorte. Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois ouve-se uivos desesperados, ruídos de mastigação e … silêncio.

Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível, e volta ao trabalho de redação da sua tese, como se nada tivesse acontecido.

Dentro da toca do coelho vê-se uma enorme pilha de ossos ensanguentados e pelancas de diversas ex-raposas e, ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos. Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme leão, satisfeito, bem alimentado, a palitar os dentes.

 



MORAL DA HISTÓRIA

1. Não importa quão absurdo é o tema de sua tese;

2. Não importa se você não tem o mínimo fundamento científico;

3. Não importa se as suas experiências nunca cheguem a provar sua teoria;

4. Não importa nem mesmo se suas idéias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos…

5. O que importa é quem é o seu “padrinho/orientador/mestre é O CARA“…

 

 

Nota: O texto desse post não é de minha autoria, mas não pude deixar de postá-lo aqui! Sabe aqueles FW´s que sempre vão pipocando na sua caixa de entrada? Então, eles podem conter alguma informação.

 

Ah, e se o autor desse obra, que não tinha no e-mail, saiba que estou orgulhoso de você, quem quer que seja! Fique a vontade para se manifestar… fisicamente, quimicamente e/ou parapsicologicamente falando…

3 comentários:

  1. Sendo ajudado por um "leão" um "coelhinho" prova qualquer tese! =D

    Ótimo texto mesmo, essa pessoa tava num dia inspirado.

    ResponderExcluir
  2. hahahaha, adorei a fábula!
    então o orientador é o fodãoooo :D
    qnd fizer a minha já sei...
    beijos,

    ResponderExcluir
  3. MEOOO, tu demoraste muito pra aprender isso, pq saindo da faculdade eu já sei de tudo isso... incluindo até o sofrimento e o pós-aprendizado que sabendo como, a gente consegue até dobrar orientador! Hehehehe

    =*

    ResponderExcluir

Vai, arroche! Só não fale mal de mãe.