quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

A Forma Como Se Vive a Vida

Devem existir muitas, mas me prendo as que tenho conhecimento, em um breve relato do acaso e descaso diário de um suposto adulto nas inconseqüências da adolescência desejando mesmo é brincar.

Tem aqueles que desde sempre se vêem nos seus futuros empregos, que iniciam sua construção ainda em meados do primeiro ano do segundo grau, que se furtam do direito da completa esbórnia da época para trancar-se em seus estudos, já visando o seu concurso logo após os 18 anos, que será apenas um passo no mundo dos concurseiros.

Há os que em decorrência do bom pai, pertencem a uma linhagem, que embora menos voltada aos estudos, possam banca-los em escolas particulares, bem como nas diversas faculdades particulares, vindo a logo então a substituir o genitor no seu labor, seja ele médico, doutor ou advogado.

Há os lutadores, que embora detentores de certo conhecimento, vão e vem sem o alento de uma aprovação e, desprovidos de um paitrocínio, se lançam no mercado de trabalho das mais diversas formas, seja na manutenção de um concurso de baixo nível, ou por intermédio daquele seu tio que estudo com o dono de uma empresa quaisquer.


Há os que seguem as conseqüências da vida, que dela vivem fase a fase, sem a preocupação futura, que no ginásio apenas se diverte e estuda, que no segundo grau só estuda e se diverte e na faculdade se embreaga mais do que estuda e após lançar-se no mercado de trabalho, ainda ousa em ser independente.


Este último, sou eu,
Até quando, não sei.


É, eu preciso mesmo é de um bom vinho do porto para passar as noites em que decidirei o meu futuro..

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

E já chegou Dezembro

E eu nem vi Novembro passar...

Tempos difíceis,

De MUITO trabalho,
E pouco dinheiro,
E quase nada de lazer.

Mas nesse meio tempo que sumi,
Pouca coisa mudou,
Só o tempo mesmo que agora passa mais rápido,
Dizem que são consequencias da idade ...

Tô devendo visitas,
Desse fim de semana não passa,

As atualizações ?
Vão voltar, prometo,
Mas não com a mesma frequencia.

Beijos a quem for de beijos,
Abraços a quem for de abraços,
E uma dedada para quem ficou em dúvida.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A Turma Perfeita

Parte 01 de 03.

 

Nas fases da vida, por vezes somos o reflexo de nossas companhias, ou pelo menos somos assim denominados, o velho, me digas com quem andas que te direis se vou contigo.

 

Por isso, busco orquestrar a melhor das turmas, no primeiro momento, na infância, ali da primeira séria até a oitava, quer dizer, até a nona série (até isso mudou).

 

Em toda turma de colégio, se deve ter um gordo, é, um gordo, porque o gordo logo se acostuma com a zoação dos colegas e passa a se impor, a sempre se sair por cima da brincadeira e, com o bom humor característico, logo faz amizades, atrai olhares e mantém o humor da turma.

Claro que há o outro lado da moeda, em que o gordo acaba ficando constrangido, compra uma AR 15 e metralha os colegas de sala, mas isso é bem mais raro.

 

Tem que haver também o pestinha, aquele que sempre cria problema, seja na sala de aula, colocando tachinhas na cadeira da professora, seja jogando bola de papel nos demais colegas.

Mas uma outra característica dela é ser cuidadoso com os demais, se preocupa com todos, do tipo que daria seu braço para ser furado no lugar do colega que chora com medo da agulha.

 

Há necessidade também de um cara calmo, do tipo que não briga a toa, mas que se preciso for... Já sabe, ele vai entrar de voadora na confusão.... Meu tio sempre dizia, se você puder escolher, escolha brigar com o que mais faz zoada, porque é do calado que você deve ter medo.

Sem contar que ele também é o cérebro por trás da turma, que orquestra as saídas, baladas e como um verdadeiro come queto, vai só tangendo integrantes para uma turma maior.

 

Aí vem o bonito, é o cara bonito, toda turma tem um, que por vezes é o garanhão da sala, descola e pega quem quiser, seleciona a dedo e ainda ensina os colegas... Lembra-se do Dan ?

Mas tem que ser do tipo bonito que não despreza ou menospreza os feios, do tipo que sempre incentiva, que afirma “só são duas possibilidades: ou sim, ou não”, mesmo sabendo que o colega vai levar um toco.

 

O CDF, esse não tem nome nem fisionomia, nem importa se é homem ou mulher, mas tem que ter, afinal, quem vai puxar os colegas ao estudo na segunda-feira ? Quem vai reclamar com todos que se divertem jogando queimada enquanto ele estuda?

E quem vai dar cola à todos ?

 

Aê vem as fêmeas....

 

Uma feia, toda turma tem uma... Mas ela tem que saber e admitir ser feia. Pois é a feia quem diverte a todos, ela tem, ou melhor, não tem o pudor das bonitas, fala o que os homens querem ouvir e as demais mulheres, bonitas, não tem coragem de falar. Sem contar que a amiga feia é responsável por metade dos namoros/ficas/beijos-e-consequencias dos demais integrantes do grupo. Ela será a maior correspondência entre os apaixonados.

Ou vai falar que tu nunca beijou a amiga da amiga ? Ou até a amiga da colega da amiga ? Lembre-se que nessa idade você não sai no carro em busca de baladas, no máximo espera um aniversário de um colega de sala para se arriscar!

 

A bonita, que pode ser gostosa, corpuda ou potranca. Em toda turma há uma!

Ela é a fiel escudeira da feia, ou você já viu uma turma só ter mulheres bonitas? Ou só feias? Sempre há os dois lados da moeda. A bonita pode ou não namorar o bonito, mas que nunca seja duradouro, senão mela a turma.

E a bonita, via de regra, sempre se insinua para todos, mas só pra manter a moral em dia.

 

Esqueci alguém ?

domingo, 14 de setembro de 2008

Algumas Verdades Sobre a Pós Graduação


 

A TESE DO COELHO

 

Era um dia lindo e ensolarado, o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado. Pouco depois passou por ali a raposa, e, viu aquele suculento coelhinho tão distraído, que chegou a salivar.

No entanto, ficou intrigada com a atividade do coelho e aproximou-se, curiosa:

- Coelhinho, o que você está fazendo aí, tão concentrado?

- Estou redigindo a minha tese de mestrado - disse o coelho, sem tirar os olhos do trabalho.

- Hummmm… E qual é o tema da sua tese?

- Ah, é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais das raposas.

A raposa ficou indignada:

- Ora!!! Isso é ridículo!!! Nós é que somos os predadores dos coelhos!


- Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro a minha prova experimental.

O coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois ouve-se alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois silêncio. Em seguida, o coelho volta, sozinho, e mais uma vez retoma os trabalhos de sua tese, como se nada tivesse acontecido.

Meia hora depois passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho, tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido. No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando naquela concentração toda. O lobo resolve então saber do que se trata aquilo tudo, antes de devorar o coelhinho:


- Olá, jovem coelhinho! O que o faz trabalhar tão arduamente?


- Minha tese de mestrado doutorado, seu lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os grandes predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos. O lobo não se conteve e farfalha de risos com a petulância do coelho.

- Ah, ah, ah, ah!!! Coelhinho! Apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa.

- Desculpe-me, mas se você quiser eu posso apresentar a minha prova experimental. Você gostaria de acompanhar-me à minha toca?

O lobo não consegue acreditar na sua boa sorte. Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois ouve-se uivos desesperados, ruídos de mastigação e … silêncio.

Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível, e volta ao trabalho de redação da sua tese, como se nada tivesse acontecido.

Dentro da toca do coelho vê-se uma enorme pilha de ossos ensanguentados e pelancas de diversas ex-raposas e, ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos. Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme leão, satisfeito, bem alimentado, a palitar os dentes.

 



MORAL DA HISTÓRIA

1. Não importa quão absurdo é o tema de sua tese;

2. Não importa se você não tem o mínimo fundamento científico;

3. Não importa se as suas experiências nunca cheguem a provar sua teoria;

4. Não importa nem mesmo se suas idéias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos…

5. O que importa é quem é o seu “padrinho/orientador/mestre é O CARA“…

 

 

Nota: O texto desse post não é de minha autoria, mas não pude deixar de postá-lo aqui! Sabe aqueles FW´s que sempre vão pipocando na sua caixa de entrada? Então, eles podem conter alguma informação.

 

Ah, e se o autor desse obra, que não tinha no e-mail, saiba que estou orgulhoso de você, quem quer que seja! Fique a vontade para se manifestar… fisicamente, quimicamente e/ou parapsicologicamente falando…

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Frases de Efeito Uma Série

Se os olhos são a janela da alma,
Então a mágoa é a porta,
Enquanto estiver fechada, é a barreira,
Entre o saber e o não saber!

Fuja,
E ela continuará fechada para sempre,

Mas abra, e a atravesse,
E a dor se tornará verdadeira!



Quem assisti Dexter deve te-la ouvido.



quarta-feira, 27 de agosto de 2008

BlogDay

"Durante o dia 31 de Agosto, bloggers de todo o mundo farão um post a recomendar a visita a novos blogs, de preferência, blogs de cultura, pontos de vista ou atitude diferentes do seu próprio blog. Nesse dia, os leitores de blogs poderão navegar e descobrir blogs desconhecidos, celebrando a descoberta de novas pessoas e novos bloggers."

A data do encontro realizado em Mossoró, batizado de DesConferência Entre Blogueiros, será no dia anterior ao BlogDay, próximo dia 30 de agosto, Sábado. (dia 30 encontro, dia 31 BlogDay).

Como o evento ainda está em pequenas proporções, não se faz necessário um auditório ou ginásio de esporte para que seja viável, por isso no sábado (30) às 19:30h (para vê se alguém chega às 20:00h) estaremos reunindo as pessoas que tem envolvimento com a blogosfera mossoroense no Restaurante Avenida, ali na Av. Diocesana, 297, Doze Anos, que ninguém (daqui) conhece.

Destaca-se que mesmo que você não seja blogueiro, mas publica com alguma frequência algo na intertnet, seja em fotolog, microblog, twitter, flickr, myspace, etc, etc, etc. ou apenas reconhece que os blogs são uma extraordinária maneira de interagir com a informação acelerada que está disponível na internet, deixe seu comentário ou recado abaixo e participe também do evento.

Material Copiado de Thiago Alex.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Vamos Conversar

Caro Blog,
Não
Querido Blog
(hummm isso não combina)


Passemos a masculinidade de sempre,
Que hoje, com o aumento do homossexualismo, esta cada dia mais rara,
Ontem mesmo vi um anuncio, onde se lia em letras garrafais:
“TESTÍCOBOLA – Tenha Você mesmo(a) suas bolas”
Quer dizer, até o prazer de coçar o saco, antes evento exclusivo dos homens, já estão a venda por aí, podendo ser adquirido por meros U$$ 19,99.
Cada dia que passa estão nos tirando mais e mais dos nossos, digamos, tradicionalismo, E ainda faz medo delas gostarem de aperta-las e quererem praticar no respectivo.


Mas, também, deixando o humor de lado,
Comunico à todas as fãs, pretendentes, interessadas, paqueras, ficas e tico tico no fubá que estou ... estou ... é... humm... (coçando a garganta) ... Namorando. É, melhor, NAMORANDO, também com letras garrafais.


Tanto por que ela vai adorar isso,
Como para evitar certos stresses da vida de um recém namorado ou ex-solteiro convicto.
Vai entender...


E sabe como é,
Não sei se ela merece ou faz valer,
Ou se eu mereço, ou faço valer,
Mas ta sendo um bom momento,
Ai já viu né,
Estamos na fase pré-conceituando.


Então,
Já inicio o embate para provar que sou diferente,
Que comigo não prospera a aquela velha frase de que Homem é Tudo Palhaço,
Já até deletei alguns números da minha agenda....


Não sei se Foi a Mia Quem Disse, a Rafaella ou então Fox Lady quem comentou,
Mas a inclusão digital é tamanha,
Que Até Sexta Feira eu tenho que mudar meu Orkut,
Mudar a opção de solteiro para namorando.
Vê aí onde esse mundo vai parar....
Antigamente provávamos nosso amor com um envio de rosas e chocolates,
Hoje, mudo uma opção em uma comunidade virtual.


Não posso bater no peito e dizer que É a Última Vez,
Mas vou mudar sim,
Afinal, como diria sua mãe, somos errantes navegantes de uma cultura,
Seja ela cultura tups, rock, axé, forrista ou pop,
E nosso caráter e coração está sempre em construção,
Seja em construtivos devaneios, ou no mais alto nirvana.
Pode até ser que olhando de fora,
Numa viagem psicodélica,
Quase que numa Best Edit Mode,
Possa se ver ou acreditar que eu até seja um Barco Furado em pleno Triangulo das Bermudas,
Mas mundo afora me farei provar diferente.

E nisso,
Até me pego pensando,
Naquele sono bom, sono ruim, que as vezes precede,
Um bom sonho,
As vezes um pesadelo loser,
Que do alto do meu vício no café, bem como da minha cor,
Como disse a Laris, sendo ela clara,
Eu até posso declamar, Eu café, tu Leite!
Unidos para sempre ou até que o chantilly nos separe.

Só espero que estes não sejam mais uns bytes avulsos,
Ou só mais um textículo sem sentido.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Vou Cumprir

Passado o Veraneio, o Carnaval e o São João,
Vou cumprir,
As promesses de ano novo que não cumpri,
Todas elas, todas elas eu não cumpri,
Mas vou analisa-las neste mês,
E coloca-las em prática no mês de agosto,
Desde os exercícios físicos,
Já que me cansei só em subir as escadas do prédio,
Passando pela economia financeira,
Pensando no futuro, ou em uma viagem próxima,
Uma previdência privada,
Que também serve como investimento,
Comprar alguns livros que não pertencem ao rol do meu emprego,
Já que percebi que ando lendo pouco ou quase nada,
Renovar minhas assinaturas,
Tanto da Carta Capital como da Playboy, ambas pelo teor cultural,
Ter um fim de semana de três dias, quase umas férias,
Que inclua desligar o celular e só religa-lo três dias depois,
Comprar algum acessório, um relógio talvez,
Afinal nem só as mulheres gostam de compras,
E falando em compras,
Aonde vende tranquilidade?
Preciso de algumas doses...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

História (In)Completa

Ou completa, dirão algumas ...


Mas acontece que eu não sou do tipo que guarda rancor de ex, seja ex paquera, namorada, amigo, professor ou colega de sala. Claro, que há exceções, pois na minha ótica, amigo que ficou com ex minha não é amigo, sendo punido com 10 chibatadas em praça pública.

Mas a regra é que o fim, por mais conturbado que seja, caminhe para um certo nível de cumplicidade, sem agressões, ofensas ou similares... Pois, querendo ou não, houve um certo caminhar juntos, compartilhar idéias, segredos e aventuras... Dividiu-se intimidades, até o banheiro, as vezes.

E é por isso que vejo com certa estranheza o fim do relacionamento de certos colegas, recheados de complicações desnecessárias, do disse que disse que me disse, do eu fiz tudo e você não fez nada, do onde um esta o outro não passa perto. É tanto desgaste em provocar o outro, que as vezes me paira a dúvida se a aporrinhação é para provocar ou é uma espécie de prazer.

E não to falando não só de namoros, mas de amigos também... Ah, vai dizer que nunca teve uma briga que dividiu a sua turma ? Claro que houve, procure bem... Talvez, tenha havido, mas a separação durou pouca, o que é bem mais comum, mas, há os embates sem volta, seja pelo orgulho ferido, pela ofensa desnecessária ou uma estrela almejando apagar a outra.

Minha única exceção, que até me dói de lembrar, mas não a alma e sim os dedos, dos socos e pontapés que se seguiram, me faz crer que não houve um final como merecíamos... Explodiram-se tudo e todos que nos cercavam, inclusive, nós mesmos.

De mim, sobrou um pouco dela, porque a grande maioria destruí na ira contumaz que submergia meu raciocínio, aumentando de mais a mais o observar inconsciente. Foi um mal momento, um não, vários.

O sentimento de ruptura era cruel, mas logo se fez aceitar, para então daí surgir a indiferença, a pior dos castigos à outrem.... E que persiste, embora incomode!

As sensações, pensava eu, logo sumiriam e, de fato, sumiram, para em seu lugar se fazer nascer a dor do esquecimento, esta sim, bem pior!

Cômico e trágico lembrar, pois o que no passado se via no futuro como um bom momento, hoje temos seu inverso, onde o cômico é olhar o passado e vê-lo como trágico, contrariando os dizeres que ainda riríamos, velhinhos, das historias vividas.

Hoje, bem capaz de seus netos nunca ouvirem meu nome, conhecerem meu rosto ou sussurrarem meu sobrenome..

Logo meu nome, que por vezes transparecia ser sinônimo da alegria, do correr pelo bosque, do nadar sob a luz do luar, das infinitas estradas rumo ao prazer. Logo, fugazmente, deram-lhe outro significado, que muitos desconhecem, pelo simples fato de não mais o mencionarem nas conversas entre amigos, nas rodas de bate papo, sequer nas resenhas de botequim

Mas tenho que agradecer, admito.

Seja agradecer pelas coisas boas, como também pelas não tão boas. Aquelas, desfrutei, com estas, aprendi. Embora tudo pareça tão tolo, é só um ponto de vista, que pode não ser o melhor, mas é o meu,

Embora, que se alguém comentar este meu agradecimento, exercerei meu direito de desmenti-lo, até que a morte me cale, pois, me recuso a admitir gratidão.



segunda-feira, 30 de junho de 2008

Micro Quebrado


Então não tive tempo para um texto,
Mas segue a ilustração que me tirou um sorriso de canto de boca.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Ela pediu ...

E entre uma linha e outra, Renata* propôs:

Ela: Puzzo, seus textos são bons, mas são sempre uma visão masculina, você devia por algo feminino.
Eu: Mas meu lado feminino é lésbico, e agora?
Ela: Agora você devia largar essas piadas bestas e colocar algo nesse sentido.
Eu: Melhor... Faz você o texto e me mande, que eu publico.
Ela: Sério? Não haverá represálias, motins ou similares?
Eu: Nada, manda ver aê... Escolhe o tema e fale.
Ela: Vou falar sobre .... Você vai ver.





Homens mais velhos


A mulher que não se apaixonou por um professor que atire a primeira pedra. Está comprovado pela ciência: Mulheres amadurecem antes dos homens. Saímos na frente logo na primeira infância. Em geral, começamos a falar bem antes dos meninos. E assim seguimos na pole position até a idade adulta. Alguns homens nos alcançam perto do nosso aniversário de 30 anos. Outros demoram mais tempo ou nunca chegam lá.

A minha tara foi por um professor de geografia regional. Eu tinha 13 anos e ele deveria ter seus 27. Naquela época me sentia uma mulher completa e bem resolvida. O que eu faria com um garotinho de minha idade? Nem o gatinho com cara de Tom Cruise ou o mais popular ou o mais valente tinha qualquer chance. Era uma criança, um pirralho, um nada perto daquele homem.

Ele, o professor, me esnobou durante uns dois anos. Depois mudou-se para Capital. Cheguei a pensar em ir atrás dele, no melhor estilo Presença de Anita, mas ficou por isso. Se nos víssemos hoje, é muito provável, que ele se arrepende-se de não ter olhado para mim, e eu, de ter gostado dele. Depois vieram outros... Vários!

Para felicidade geral da nação, passei dessa fase. Todas as fases passam dando lugar a outras. Quem sabe um dia eu chego a fase Marília Gabriela. Isso, sim, é o que as mulheres poderosas devem almejar. Um semideus 20 anos mais novo. O meu Gianecchini estaria entrando na primeira série.

É, Puzzo, o mundo esta mudando. O papo machista de trocar uma de 40 por duas de 20 não cola mais. Quando você for quarentão e casado, sugiro ouvir uma música do Chico Buarque que diz ou tira ela da cabeça ou mereça a moça que você tem. Antes que seja tarde e você, e não ela, acabe trocado por alguém mais novo... Ou mais velho, que diferença faz ?

Se, por outro lado, você,está na flor da idade, com seus 20 e poucos anos ótimo. Aproveite! Pode aproveitar seu charme um tanto adulto, um tanto adolescente, mas sempre inconseqüente com as meninas ou com as coroas. Mas é melhor ter foco. Jamais dê em cima da minha irmã ou de mamãe. E nem de mim, a química, acabou.

Mas tenha foco, é melhor. Se seu objetivo são as meninas do colegial, adote um estilo sério, intelectual, mas não só no seu trabalho mas sim no dia a dia, e isso inclua as noites. Invista no carrão, que aposto será preto, e vá à luta. Se busca coroas enxutas, a tática é oposta: coloque bermuda florida e banque o menino do rio. Faça o convite para tomar um suco e comer um sanduíche natural.

Em qualquer caso, exercite os seus músculos, tô falando da língua e do cérebro. Caso contrário, você vai acabar pensando que o hit Baba Baby foi feito para você.

* Um acaso... Ou descaso!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Surpreendente

Vê aê o vídeo da Propaganda do Playstation III,
Pooutz MUITO massa.




Creio que todos que lêem este blog tiveram contato com um vídeo game na infância, mesmo que não possuindo, deve ter jogado com o vizinho, um primo mais abastado, um colega de rua ou colega rico, até mesmo nas locadores.

Mas sim,
Esses dias recebi um Cartão Postal, e quando digo Cartão Postal, me refiro aqueles impressos em papel, emitidos pelos Correios, os quais os mesmos entregam junto com sua conta de cartão de crédito e não aqueles que recebemos em nosso e-mail. Emitente: “Da sua velha amiga apaixonada”. De início, pensei que era alguma nova forma de divulgação de empresas de turismo.

Foi uma surpresa estranha, afinal, só os recebia em fins de ano, emitidos pelas empresas que sou cliente e pelos pés nos sacos dos políticos que detêm meus dados.

E ontem, recebi uma Carta, é, uma carta, com selos e colada com um estranho plástico, com um certo cheiro de alfazema....

Foi algo tão estranho, que até o Carteiro, velho conhecido das partidas de poker, questionou a procedência, bem como minha mãe, que sempre tem aquele olhar “e o que foi que você fez dessa vez”, fruto das peripécias da infância.

Desta vez, tinha remetente, mas desconheci o endereço, ao abrir, me deparo com o “Sua Amiga Apaixonada”, já estava certo, se fosse um golpe publicitário, a minha curiosidade eles já tinham conquistado, mas em verdade era uma carta de Laura*, que a subscrevia, me convidando para o seu casamento, em meados de Dezembro de 2010, é, 2010... Pouca antecedência, não é mesmo ?

Achei estranho... Uma pegadinha? Talvez...

Melhor ligar para confirmar, e tudo era verdade.

De plano, questionei... E porque uma carta? Aê, eu havia me esquecido, por alguns instantes da personalidade de Laura, eterna apaixonada, ainda cultiva o enviar cartas, que segundo ela, os e-mails quebram todo o romance de uma correspondência, pois toda carta de valor deveria ser escrita a mão, cujo papel deveria conter algumas gotas de alfazema, seu lacre sendo uma gota de cera ou plástico devidamente marcada com o símbolo da emitente, tudo bem a lá Império Romano.

Só a Laura, só a Laura para me passar longos minutos ao telefone me falando do romance e teor emotivo de uma carta escrita a mão, do que cada letra e forma pode significar, do que as marcas e rabiscos podem conter e de como nada disso pode estar contido em um reles e-mail.

Até mesmo as manchas, dizia ela, podem conter significados implícitos, pois em alguns dos inúmeros convites, continha não só os escritos, mas também lágrimas do seu rosto. Imediatamente me pus a analisar se havia algum vestígio na minha, mas nada encontrei, vai ver, na ocasião do meu convite, ela não chorou de emoção, mas riu ao saber que ele casaria primeiro do que eu, afinal, ela esperava um príncipe encantado em seu cavalo branco para casar.

Ainda a questionei, se ela não era contra a evolução, pois hoje todos temos celulares, e-mails, fóruns, newsletters, msn, orkut, profile etc... Mas ela me disse que isso, são só para conversas, um contato, manter um breve diálogo e que mesmo que nos propicie novas amizades, jamais deve ser o único meio de contato, pois o romantismo volta-se ao tradicional.

E o tradicional pede singelismo, discricionariedade, amor e declarações aos ventos, nada de mensagens de Orkut ou repassar e-mails com piadas.

Ela me remeteu ao passado, destacando os inúmeros papeis de carta, que segundo ela, ainda os guarda e é capaz de descrever cada um, além de enumerar todos os que recebeu dos colegas e amigos, descrevendo seus cheiros e os amores ali contidos.

E, no monólogo, pois somente ela falava, dizia-se capaz de descrever cada um de nós, da turma, pelos papeis de carta presenteados, como de fato o fez, quando pediu à todos que assim a presenteassem. Logo fiquei receoso, já que nem lembrava se a havia presenteado mesmo, muito menos o presente.

Mas ela deixou a análise, voltando ao romantismo das cartas....

Engraçado, que Laura tem uma ótima leitura e oratória, dignas do horário romântico das emissoras de rádio, daqueles cafonas, em que a frase de abertura busca atingir os corações apaixonados, destacando-se aquelas pausas que só uma mulher realmente apaixonada é capaz de fazer, além daqueles profundos suspiros ...

Enfim, vou enviar uma carta a ela...
E outra a um certo alguém!

*Laura. Lembra-se dela? Nome fictício, mas já foi citada uma outra vez...

domingo, 1 de junho de 2008

Amor Antigo

Sempre mexe com a gente, seja ele qual for...
Os defino em três tipos:


(a) Primeiro Amor.
Também muito conhecido como a primeira namorada, a metade da laranja, aquele amor no qual a gente tem a certeza que é pra sempre, que será com aquela pessoa que nós tornaremos velhos e morreremos, que ela será a mãe dos nossos filhos, a avó de nossos netos, a bisavó dos nossos bisnetos. Que jamais encontraremos pessoa assim, que será eterna a chama do amor. Logo em seguida vem a decepção, e começa tudo de novo.
E assim deixamos a metade da laranja e passamos a colher a metade dos limões, com os quais adentramos na vida alcoólica, por seu uso nas caipirinhas.

(b) Ex-namorada com ex-amigo.
Sim ex-amigo, porque amigo meu não namora com minha ex-namorada, pois fazemos parte daquele grupo em que a ex-namorada devia entrar para o convento e no caso deste ex-amigo, entra na lista negra.
Ambos serão para sempre lembrados e sempre que possível, derrotados.

(c) Aquele que sempre ficou na vontade.
Este é o pior, na minha opinião claro, porque esse a gente sempre sonhou, desejou, mas não concretizou, seja por falta de coragem, ou por falta de cantadas infalíveis (porque todas as que eu tentei foram falíveis), ou porque ela nunca quis, mas mesmo ela não querendo, sempre deixou uma brecha, por pura maldade creio eu, para que assim a desejássemos e almejássemos essa situação. O que é o pior, porque primeiro amor é marcante, mas sempre virão outros, ex-namoradas tem aos montes, mas o amor que não se realizou, geralmente é único, e sempre lembrado, embora por vezes concluímos que era inatingível, serve até como comparativo com outras pretendentes, como também de escala, de medida, de um ideal, beirando a utopia.
E nessa posição, vale a menina da rua da frente, a professora de inglês, a irmã do valentão e até mesmo a filha do diretor.


E você, em qual se encaixa?
Ou acrescenta mais algum ?




Obs1. Não, eu não estou roendo ou sofrendo
Obs2. Não, eu não revivi o passado, foram só situações que me fizeram rir...

domingo, 25 de maio de 2008

As Medalhas Que Não Tenho


Mas não pelo fato de não tê-las merecido,

Mas sim porque as joguei por aí, dei, arremessei ao rio, entreguei sob a luz do luar ...

Explico,

Adolescência, ótima fase da vida, na qual não nos preocupamos com o futuro e rimos com o passado, do alto de nosso ego, submergido na explosão de hormônios, que agem subtraindo de nós, por vezes, o raciocínio lógico e nos levando incessantemente as ações movidas pela emoção, sem razão aparente (e eu não estou falando de estar apaixonado).

Hoje, quem me vê, do alto dos meus 1m74cm, melhor, ao redor dos meus 130kgs, nem imagina quantos campeonatos participei, quantos jogos venci, quantas medalhas eu levei, quantos troféus eu mereci.

Sinceramente, nem eu consigo afirmar quantos, apenas arrisco, pois a memória às vezes me trai e lembranças físicas inexistem, como vos lhe informo a seguir ....

Destaca-se, as medalhas, nesse texto, por esses dias ter visitado um colega enfermo e sob a escrivaninha percebi seis medalhas, devidamente limpas e expostas à visão de todos e me lembrei que não mais as possuo, nem as exponho, não tenho nada papável daquelas premiações, somente os velhos termos do time, que insistentemente os guardo, embora alguns já estejam irreconhecíveis.

Lembro-me de ter levado um vice campeonato, mas na época eu diria que perdi um campeonato, percebes a diferença ? Então daquela ira por perder o campeonato, ao sair da AABB, atravessando a ponte, com os passos mais fortes do que marcação militar, preferi arremessar ao Rio Mossoró àquela medalha do que guardá-la, afinal, só terei boas lembranças, pensava este ingênuo subscritor e, estranhamente, aquele arremesso exauriu momentaneamente a ira... Tal gesto ganhou proporções, restando repetido pela grande maioria do time, não que eu fosse uma espécie de líder, muito pelo contrário, eu estava mais para mau exemplo, mas pela ira e decepção coletiva.

E o referido arremesso ao Rio, virou uma espécie de tradição no time, sempre que ficamos em segundo lugar, as medalhas iam ao Rio mais próximo, seja Mossoró, Potengi, Piranhas ou São Francisco... Percebes coisa mais piegas e infantil do que isso ?

Mas engraçado lembrar que nestes gestos de arremesso, éramos apoiados pela ala feminina (sempre elas) e elogiados pelos demais homens. Críticas só recebíamos dos professores, nem sei se por cumprirem ordens da coordenação desportiva ou se por senso do ridículo.

Teve também uma Copa, realizada em Recife, na qual acabei sendo expulso no último quarto do jogo das semi - finais, a qual perdemos e sequer pude disputar o terceiro lugar, o qual o time conquistou. Terceiro Lugar ? Não guardava as medalhas de segundo, porque iria guarda a de terceiro? A Praia de Boa Viagem deve estar cuidando melhor daquela medalha do que eu.

Mas... Também houveram bons momentos, dignos de uma orquestra ao fundo, tocando a música da Lagoa Azul (falando da minha adolescência), onde os holofotes se voltavam para mim, na minha imaginação é claro. Mas estes atos deram-se da imaginação de Dan (lembra-se dele?), do Doze e que me colocaram para iniciá-la, afinal, eu já era o mau exemplo mesmo, se desse errado, ninguém iria estranhar, se desse certo, iria limpar um pouco minha barra.

Dava-se da seguinte forma, ao recebermos à medalha, cautelosamente furtaríamos o microfone daquele que a fosse entregar e convidávamos a namorada / paquera / ficante / pretendendo / algo-assim para que a entregássemos a medalha na frente de tudo e de todos... E não é que deu certo? Melhor, deu mais do que certo.

Precisa dizer que as mulheres ficavam loucas? Seja pelo orgulho do fulano ali, do alto do primeiro lugar do pódio, assumir dessa forma o amor (amor?) à ela na frente de todos, logo entregando-a uma medalha de ouro (sim, só fazíamos isso com as medalhas de ouro)... Sem contarmos as resenhas nos dias que se seguiam! Pois é... E assim meus méritos acabaram sendo ofertadas à terceiras pessoas, teve uma pra Dani*, uma pra Marília*, uma pra Cibele*, uma para... Parei (!!).

Nunca as recebi de volta, também, pedir ia quebrar o clima de romance... Se bem que mesmo ao fim do relacionamento, não solicitava devolução, apenas a Dani*, que ao terminar comigo, não me lembro bem o porque, arremessou a medalha em mim, mas pela força do arremesso, apostaria que o intuito não era simplesmente me devolver.

Teve também a do Lual, que fazíamos todo fim de torneio, na praia de Cristóvão, na qual o time inteiro, pela primeira vez, e única, estava formado apenas de homens comprometidos, então foi um ato conjunto e orquestrado por todos, onde entregávamos as medalhas às mulheres... Ah, neste dia não teve orquestra, mas teve um bom pop rock... Praia, Lua, Fogueira, Vinho, que mais se fazia necessário ? O amor estava no ar, do lado, em cima e dentro das redes.

“É só uma medalha” afirmava em meus pensamentos, sem quaisquer cunho emocional ou pré-ocupação futura...

E assim foram as minhas medalhas, conquistando para logo depois sumirem das minhas mãos e vistas, algumas com certeza devem compor o assoalho de alguns rios, outras nem posso imaginar aonde foram parar. Se bem que algo em mim torce para que elas estejam enfeitando a parede de alguém, mesmo que esse alguém não tenha realizado esforços para conquistá-las.

Conclusão ?

No próximo torneio, vou guardar as medalhas, independente de posição, pois da forma como não consigo lembrar à quem as entreguei, aposto que também já fui esquecido, mas as medalhas são memórias, digamos, palpáveis.

Sem contar que, hoje percebo o real valor das medalhas e das memórias, reconhecendo que aqueles metais não representam só uma medalha, mas sim o esforço em sua conquista, dignos de uma boa risada e lembranças !

Sem contar, que o ego o impulso aborrescente havia me dominado, mas o venci esses dias... Ou apenas momentaneamente!



*Todos os nomes são resultados do acaso... Ou descaso.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Filmes que Fazem Pensar

Afinal,

Há filmes para todos os gostos e sentidos,

E no domingo que pacientemente exerci a função de babá dos meus primos,

Assisti uma porção deles.

Mas um se destacou.

BELEZA AMERICANA







Um filme simples, direto, com pitadas de humor, sarcasmo, erotismo, drogas, sexo e rock and roll (ta, me empolguei, tira o rock and roll).

Em sua sinopse, temos: Lester Burham não aguenta mais o emprego e se sente impotente perante sua vida. Casado com Carolyn e pai da "aborrecente" Jane, o melhor momento de seu dia é quando se masturba no chuveiro. Até que conhece Angela Hayes, amiga de Jane. Encantado com sua beleza e disposto a dar a volta por cima, Lester pede demissão e começa a reconstruir sua vida, com a ajuda de seu vizinho Ricky.

Ah,

Não assistiu ainda?

Lester morre no fim! =x

Quer dizer, no início, afinal, o filme tem narrativa inversa.

Mas vale a pena, embora recheado de deja vus:

estudante atraente que usa a sua imagem e sexo, para triunfar versus jovem mais introvertida e menos popular –

adolescente problemático versus família (des)moralmente religiosa em sua casa arrumadinha e brilhante.

Mas sim,
Voltando ao meu objetivo,
Sou capaz de apostar que aqueles que se prendem não só as imagens passando na tela, mas no sentido e supondo-se no papel dos personagens, analisando-os, acabam por temer a vida monótona do pobre Lester, um zé ruela da vida, por méritos próprios, diga-se de passagem.

Pois o sentimento de melancolia e amargura é imenso, fruto da análise de uma vida que não se permite ensaios, logo, não pode ser revivida. Temos, creio que todos que não só assistimos, mas analisamos o filme, um imenso temor que aquelas breves duas horas sejam um mero reflexo de nossas vidas...

Ah, vão dizer que “todos buscamos nossos desejos e batalhamos por isso” ou vão dizer aquilo ou aquilo outro, mas isso foi o que Lester buscou, em toda sua vida e essência foi isso que ele buscou, a forma, é que foi errada.

Lester, pode no futuro ser um Puzzo, um Forzeone, um Mendes, você ou eu...

Ao se auto analisar, melhor, ao analisar o conjunto (ele x família x emprego), encontra o tédio em sua volta, embora ele tenha atingido as metas que sempre trançou, mas se vê buscando, desastrosamente, retornar a infância, na tentativa de reescrever a história, só se esqueceu de olhar-se no espelho e ver que o tempo, havia passado.

Sobre o mesmo (lester) reina o poder da esposa, Carolyn, à qual ela o buscou pelo fato de deter poder sobre ele, tanto financeira como emotivamente, já que ela administrava as finanças da casa.

Compreende que ela não gostava dele ? Simplesmente o admitia em seu recinto por poder ter um “vibrador potente” quando necessita-se ? E isso fica claro em suas falas, onde expõe o desejo pelo líder no setor dela. Extrai-se:Líder no Setor = Muito Bem Sucedido. Que era o desejo dela, independente do amor, próprio ou a terceiro...


A filha do Lester ?

Sofria sérios problemas de rejeição da sociedade e dela mesmo...

Ê auto estima rasa.

Mas quero destacar é a vida do Lester,

Homem simples, parcos conhecimentos, quase (ou nenhuma) obstinação na vida, pois supõe que já atingiu suas metas, vez que buscava apenas o trivial, casa, comida, mulher e filhos.

Embora sofresse, transparecia segurança à todos, sempre buscando dar impressão de bem estar, de garanhão e don juan, quando há muito encontrava-se assolado na solidão, e nas piores dela, afinal, vivia só dentro de sua própria casa. Ê vida duplamente triste, sofrendo em sua intimidade, mas não se permitindo expor.

A possibilidade de mudança o instigou as mais diversas alterações, de humor, de prazer, de pensamento....

Ah claro, mais uma vez, tudo por causa de uma mulher, afinal, vocês sabem, é a mulher que faz o mundo girar, mesmo que seja só por causa de uma liquidação.

O filme me faz refletir, o quão as vidas podem ser completas, ao olharmos “de fora”, pois transparecem que todas as metas restaram atingidas, e estas são da grande maioria, que são casar, ter uma casa própria, ter filhos, um emprego fixo e uma renda satisfatória, mas ao mesmo tempo vazia de amor próprio, de satisfação e, principalmente, de prazer ...

Percebe-se o drama ? Creio que até receio mesmo,

Busco tudo isso aí narrado, mas temo por recair no vazio ...

Há muito as amizades “na vida adulta” deixaram de ser só amizades,

São sinônimos de status.

Não que na adolescência isso não ocorre-se, mas eram outros tempos, ali, você só era da turma x ou y, mas se relacionava com todos, já adulto...

Casamento ?

Ainda persiste como um sonho de 8 em cada 10 homens/mulheres, sendo que as baixas são que 1 vira homossexual e outro(a) fica pra titia por buscar primeiro satisfazer-se economicamente ao invés de se completar amorosamente.

Mas hoje, damos com a banalização do casamento...

Temos o motivo temporal: Passou seis meses, conferiu a performance, casou! Mais simples impossível.

O da gravidez: Engravido, casou.

O do passatempo: Vamos casar, senão der certo, separa.

O arrumadinho: Vocês casam e depois de uns meses, separam-se (Esse é mais usado para “limpar” a imagem ou a honra dos envolvidos)

O Resto: Passava 2.258 anos com a mesma pessoa, separam-se, aí nos 15 minutos seguintes casa-se com a primeiro pessoa que a beijar.

Enfim, hoje em dia já tem paquera que dura mais que muitos casamentos.

E os objetivos/desejos da infância ?

Toda criança tem o direito à educação, lazer e saúde ... E a sonhar.

São os sonhos que movem as crianças...

São eles que motivam, que dão forças a vencer.

Mas durante a adolescência muitos vão matando a criança interior, seja na busca ensandecida pela auto firmação ou, pior, para transmitir uma idéia de jovem e seguro.... balela... Se você mata a criança em si, mata os bons momentos que só uma brincadeira pode gerar.

E este é a visão que eu tenho de pobre Lester, que tanto sonhou em constituir família, comprar um imóvel, de forma tão simplória, apenas pelo TER e não pelo PRAZER, que ao fim de percebeu isolado, triste e amargurado, solitário e cercado de seus familiares...

Ele se deu conta, que de tudo que sempre sonhou, obteve os fins, mas não aproveitou os meios, as boas risadas da irresponsabilidade, que só um adolescente sabe o que é, não aproveitou as manhãs chuvosas, as tardes frias, nem as noites enluaradas...

Se fechou as metas sem gozar os percalços, as (des)venturas que a idade lhe proporcionava.

Prendeu-se somente a beleza da mulher, esqueceu-se de analisar seu interior... Pobre Lester, não sabia que a beleza acaba e,no fim da vida, o diálogo e o companheirismo é que ditam o relacionamento...

Nisso, é provável que não tenha “perdido” o tempo com as metades erradas da laranja, deve ter se fechado de tal forma aquela mulher, que emanado de desejo a transmutou à sua metade da laranja.

Creio que ninguém quer se pegar aos 40 anos, buscando o que não teve aos 10, 20 ou 30 anos,

Buscamos o gozo e o prazer de todas as fases da vida,

Assim como sofremos as penas da idades, queremos delas usufruir...

Mas,

E aí ?

Como se viver ...

Na forma que profetizou um jovem cantor, como se não houvesse amanhã ?

Planejando, plantando o hoje para colher o amanhã ?

Meio Termo ? PorraLoka ?

Façam suas escolhas,

Mas cuidado com a forma que se chega aos objetivos,

E a sorte, está lançada.

De Pegador à Homossexual

Calma, não vamos gerar balburdias, não pensem demais ...

Comecemos, dando uma alcunha ao meu amigo, vamos chamá-lo de Dan, assim como podia ser Felipe, Edgar, Marcos, Denis ou quaisquer outro.

Aos fatos então:

Durante muito tempo pratiquei esportes, não só na rua, mas também no colégio e nos times de bairro, chegando a algumas vezes viajar para competir, e essas viagens, se você também joga, sabe o que eu to falando... Depois do término dos jogos, é pura euforia, são dias “fora de casa”, sem regras ou alguém para controlar, é um constante alcoolismo cultura e etílico, quase uma orgia de pensamentos e entusiastas e, as vezes, uma orgia, no sentido literal da palavra.

Mas bem,

Nessas idas e vindas, entre torneios e campeonatos, acaba se formando um circulo de amizades, principalmente entre os sempre presentes, como era o meu caso, dentre outros e, como sempre, as manias ou jeitos iam dando nomes e apelidos aos seus possuidores...

E todos, claro, odiavam seus apelidos, eram feitos para chatear mesmo, com exceção do Dan, ele tinha o apelido que todos queriam fazer jus, o apelido de Pegador. E era merecido. Veja só, se você antes de entrar em quadra observa-se uma garota, podia esperar que no fim do jogo Dan estaria com ela nos braços aos beijos.

Era algo... Inenarrável, diriam umas, e essas umas, eram apaixonadas por ele.

Com isso, com esse apelido e essa perspicácia Dan ia causando inveja entre todos e suspiros entre todas...

Literalmente, Dan não era o cara para se convidar para se fazer acompanhar a uma festa, pois o máximo de uma garota que o seu companheiro iria chegar era pra informar o telefone do Dan pra ela....

Mas Dan não era do tipo que se vangloriava de nada, ao contrário, vivia dando conselhos aos demais, incentivando-os a atirar-se sobre as mulheres que desejassem. Pergunto-me até hoje se ele ensinou certo ou errado, mas já superei.

E assim foi durante muito tempo... Do time 95 até 2001, alguns troféus, muitas medalhas, poucas fotos, mas nessas fotos Dan sempre está acompanhado de alguma mulher, ou de algumas, depende dos ciúmes entre elas ...

Se nunca mais tivéssemos ouvido falar de Dan, ele seria outro presente no imaginário dos que jogaram ao lado dele, bem como daqueles dos times inferiores, mas que sabiam e viam suas conquistas ...

Aí que vem a reviravolta.

Desde 2001, ano em que a turma do basket se separou, anualmente promovemos a velha reunião... ( cof cof cof saudosismo batendo poeira).

Via de regra, nos fins de ano, mas não em Tibau como tantos outros, locamos um cantinho e ficamos todos a beber, cair e levantar, com raros intervalos para diálogos, contar aonde estávamos, como íamos, se tínhamos casados, separados ou continuamos na vida de sempre, aquele bate papo que embora só ocorra anualmente, não muda, e nos faz perceber a idade...

Mas uma coisa nunca mudava... Lá estava Dan, com não só uma garota nos braços, mas cercado delas ... O eterno pegador diziam uns.

Bom, nessas reuniões sempre tem aquela pessoa, fdp ou não, que começa as perguntas de gaveta e os tiros no escuro, todos os anos... E em 2003 taxaram Dan de ..como é mesmo que se diz... metrossexual, isso, metrossexual ... Que para a grande maioria é sinônimo de viado, e para mim também .

Aí no epicentro cômico disso tudo, estava Dan, que ao se levantar rapidamente, causa um certo ar de suspense entre todos, já que as memórias dos gritos dele com o time eram freqüentes mas, ao começar a falar o tom de voz de Dan muda.... E todos na sala mudam, seus atos, seus rostos e fisionomias mudam.... Quando Dan termina de falar, percebe-se um desejo de rir de uns, a tristeza de outras, o eu-não-acredito de muitos e o espero-que-seja-mentira de todos em sua volta... Alguns minutos se passam, horas... Até que alguém peça que ele repita a sua fala.

E, novamente, ele expõe à todos, os quais tinha como amigo de confiança, do peito e irmão camarada, ele vocifera à todos afirmando ser homossexual e que espera que a amizade continuasse ...

Um choque à todos, mas Dan continuava ali, de pé, a espera da resposta de todos naquela sala, ele só não sabia que ninguém esperava por isso, não havia um caso de homossexual naquele time, turma ou o que sobrou dela, sequer tínhamos algum homossexual que o tratássemos como um mero colega, imagine amigo.

Todos éramos, melhor, somos, frutos da moralização do sexo e suas opções, como dizia um velho Tio, na nossa família já houveram seis assassinatos, mas todos somos honrados, não há entre nós prostitutas ou gays. Aí o Dan quer que o admitamos assim, um gay, e na turma ?

Mas Dan continuava de pé, a espera da resposta da turma... Foram minutos de longa espera, até que um dentre nós se levantou e o abraçou, sendo seguido por todos os homens presentes na sala. (as meninas, parte estavam no celular espalhando a notícia, umas chorando no canto da sala e as outras que o Dan havia beijado estavam com ânsia de vômito no banheiro).

Ficou um clima estranhamente... homossexual! Dezesseis homens, digo, quinze homens abraçando um homossexual em uma sala rodeada de mulheres., vai entender essas peças que a vida nos prega. E ainda bem que naquela época câmera digital não era comum, senão ia ser outra foto para manchar a história.

Passado o susto e com a teórica aceitação, ainda rimos muito naquela noite, lembrando das histórias dos times, que sempre eram contadas, mas nunca perdiam a graça, lembrávamos de Dan dando uns pegas nas deusas dos jogos, sempre na expectativa que ele dissesse que tudo era uma brincadeira, mas ele só fazia dizer “os tempos eram outros” e que ele era um homossexual.

Que fique claro, homossexual e não um gay. Dan ainda hoje não transpassa a idéia de um gay, ele se comporta e age como um “homem normal” e ai de quem o chamá-lo de bicha... As meninas dizem que ele é um urso, numa analogia a um grupo homossexual do Sul e Sudeste. Eu não tenho opinião sobre isso, e nem pretendo ter,

Mas... Todos “aceitamos” a opção do Dan, desde dessa situação as piadas entre homossexuais estão proibidas nas reuniões anuais, passamos e buscarmos não rejeitá-lo, em “memória” ao velho Dan da época do time, estamos dando uma revisada nas histórias, buscando não comentar sobre as garotas que ele conquistou e deixou para trás.

Mas quando o Dan se vai, as perguntas sempre se voltam as questões comuns do grupo... “Pô, o Dan tomava banho no mesmo vestiário que eu, dormia as vezes no mesmo tatame, será que ele já era? Ou não? Pouutz... São tantas indagações que emergem do receio do Dan ter visto um de nós de forma diferente que as vezes há afirmações, no mínimo, estranhas.. Doze uma vez se indagou: Será que Dan já me olhou diferente? Ao percebemos a forma da exposição, já estava receoso, até que o Blindado falo: Nada, se ele fosse olhar diferente para alguém, seria para mim.” Eu estava estupefato, com o teor homossexual da história que a eterna disputa de egos colocou aqueles dois ....

O comportamento de Dan?

Nas reuniões, é normal, nunca se viu ele dando em cima de ninguém do time,

Mas em todas as reuniões, sempre se cria uma expectativa de que ele adentre a sala de braços dados com uma (ou umas) garotas e não com alguém que fala mais grosso do que eu....

O laço de amizade no time é tamanho, que todos esperam que Dan “retorne” a ser um homem homem mesmo, de verdade verdadeira, e não um homossexual... Mas vocês já ouviram falar de ex-viado? É... Eu também não. Mas a memória de Dan faz com que nós, do time, tratemos todos com respeito e é isso que fazemos, não movidos pela Constituição ou receio da prisão e sim o respeito a imagem do amigo.

Minha visão sobre isso ?

O Dan tem uma bagagem histórica conosco, de forma que (ele que não leia) se tornou admissível em nosso grupo.

Oura, verdade,

Não vou mentir, afinal, sou um moralista, fui criado assim.

Lição disso tudo ?

Nenhuma.

Mas uma coisa é certa, quando a gente pensa que conhece alguém ...

É ...

Quando nasci, homossexualismo era proibido,

Hoje, ele é admitido,

Quero ir embora antes que ele vire obrigatório.

E ainda tem um mais sacana que sempre diz: Não denigro a imagem de Dan, afinal, já pensou se isso é bom e nós estamos é perdendo tempo ?



Vai entender...

sábado, 17 de maio de 2008

Novo Endereço

Explico,

O "velho", com poucas semanas de vida já havia repercutido demais,

Então, como desejo que aqui seja um espaço para debates, sem me preocupar com os "outros", resolvi adotar um pseudônimo.

E, como toda criança que curte máfia, tinha que ser um com fins sicilianos.

Assim,

Bem Vindos Novamente, ao novo lar de Puzzo Forzeone.